Trabalho vai além de ter um emprego. Trabalhar é exercer uma ação no mundo, ação que modifica, mesmo sendo pequena tem valor e transforma.

Durante a nossa vida temos dois nascimentos fundamentais: o primeiro é o nascimento real, no mundo, e, o segundo, é o nascimento para nós mesmos e para a sociedade, que ocorre na adolescência.
No período da infância a criança está muito vinculada aos pais, são eles que pensam, desejam, idealizam e escolhem a vida da criança. Já na adolescência muitos conflitos ocorrem porque o jovem não aceita mais o que os outros determinam para a sua vida. Nesse período nos diferenciamos de nossa família e descobrimos a nós mesmos e aos nossos desejos e projetos. Não é um momento fácil, mas é muito importante já que é nessas escolhas que o jovem busca a si mesmo.
Mesmo que a adolescência traga boas ou más recordações é nela em que o adulto vai se basear sempre que for revisar o seu projeto de vida. Esta revisão é mais comum em momentos de crise, amadurecimento, mudanças, etc. Mas você também pode repensar na vida espontaneamente.
VOCÊ COSTUMA REFLETIR SOBRE A SUA VIDA? VOCÊ COSTUMA PENSAR NAS SUAS ESCOLHAS?
Avaliar e reavaliar a nossa vida é importante, principalmente para resgatarmos a nossa essência e autenticidade, tão obscurecida pela excesso de números, porcentagens e tendências econômicas. Pelo apelo acelerado, sofisticado e repetitivo da sociedade ao consumo.
Calma! Você não vai ser mais um excluído se escolher um caminho de vida diferente da maioria! Lógico que nossas escolhas têm consequências, mas o não escolher, não olhar para os nossos sonhos e desejos também tem. Temos que respeitar ao outro, ter uma postura ética na sociedade e também conosco mesmos. Não é a toa que tantas pessoas ficam cada vez mais deprimidas. Um dos motivos é o desrespeito consigo mesmo, o excesso de cobranças e expectativas -que vão além dos limites pessoais -, o esquecimento de seus próprios sonhos e das suas singularidades.
PENSE COM A CABEÇA E COM O CORAÇÃO: - QUEM SOU? O QUE JULGO IMPORTANTE? - COMO QUERO E POSSO CONTRIBUIR NO MUNDO? - O QUE POSSO ALCANÇAR?
É importante reavaliarmos a nossa vida e os nossos objetivos e sonhos. Principalmente em relação ao trabalho é essencial resgatarmos se este corresponde ao que desejamos, se nos faz feliz e condiz com a contribuição que queremos dar ao mundo e à sociedade.
Vale a pena olharmos para dentro de nós e percebermos o que sentimos e como nos sentimos no trabalho ou situação atual. O que podemos fazer para modificar a situação ou trazê-la mais próxima ao que queremos. Isto não é negar ou esquecer as áridas situações sócio-econômicas que nossa sociedade atravessa, porém afirmar que você será feliz se tiver muito dinheiro e se estiver bem adaptado a um cargo ou condição de trabalho não é garantia de sucesso e satisfação.
Trabalho vai além de ter um emprego. Trabalhar é exercer uma ação no mundo, ação que modifica, mesmo sendo pequena tem valor e transforma. Pensar no que queremos e podemos modificar no mundo é fundamental. O trabalho é tão importante porque nesse processo de trasformar o mundo nós mesmos também somos modificados e assim se dá a grande relação: (re) construímos o mundo ao mesmo tempo que somos (re) construídos por ele.
1.O que é depressão?

Depressão é um transtorno que pode ser caracterizado por baixa energia, sentimento de tristeza prolongado, irritabilidade, falta de interesse nas atividades diárias, perda de prazer, alteração no sono, dificuldade de concentração, pensamentos de morte, sentimentos de inutilidade e culpa. A depressão pode ser causada por uma combinação de fatores tais como: desequilíbrio químico no cérebro, herança genética, características psicológicas e situações emocionais estressantes. Muitas pessoas com depressão não procuram tratamento porque ficam constrangidas ou pensam que vão superar sozinha o problema. Ainda existe uma crença de que a depressão é uma "característica de pessoas frágeis". Mas o tratamento com medicamentos associados a psicoterapia podem ajudar muito.

2. Qual a diferença entre Psicólogo, Psiquiatra e Psicanalista?

O psicólogo está voltado para trabalhar aspectos emocionais. Ele faz uma faculdade de Psicologia com duração média de 5 anos. O psiquiatra é um médico que, após ter concluído sua formação em Medicina, opta por estudar os transtornos mentais e por isso pode receitar medicamentos. Muitas vezes, essas duas áreas estão relacionadas e uma colabora com a outra. A pessoa que tem que tomar um medicamento tem mais chance de melhora se associada a uma psicoterapia assim como, em muitos casos, é aconselhável o acompanhamento de um psiquiatra para que a psicoterapia flua de forma mais eficiente. Já o psicanalista é o profissional que utiliza um método de tratamento baseado na teoria psicanalítica desenvolvida por Sigmund Freud.

3.A partir de que idade posso levar meu filho ao psicólogo?

Não existe uma idade específica. Quando os pais percebem alguma dificuldade com a criança ou com eles próprios podem procurar um psicólogo.

4.O que é esquizofrenia?

Esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela desestruturação do pensamento, dificuldade de comunicação, isolamento e introversão, desagregação da personalidade e perda do contato com a realidade. O pensamento, a afetividade e o comportamento são comprometidos. Os principais sintomas são: delírios, alucinações, discurso desorganizado e comportamento desorganizado.

5.Quais são as áreas de atuação da Psicologia?

São inúmeras as áreas de atuação da Psicologia. Segundo o Conselho Federal de Psicologia o psicólogo pode atuar no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação. O Conselho também estabeleceu, através de definições e consensos das áreas, algumas especialidades no campo do exercício profissional. São elas: Psicologia Escolar/Educacional, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Psicologia de Trânsito, Psicologia Jurídica, Psicologia Clínica, Psicologia do Esporte, Psicologia Hospitalar, Psicopedagogia e Psicomotricidade.

6.O que é importante eu falar durante uma sessão de psicoterapia?

Quem vai determinar o que é importante falar é você. O psicoterapeuta não detém o saber sobre os seus sentimentos e prioridades.

7.O que é psicoterapia?

É um processo de ajuda, auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal

8.O que é sigilo profissional?

É um compromisso que o psicoterapeuta tem com o seu cliente. Garante que não contará a ninguém o que ouviu durante a sessão. O mesmo não acontece com o cliente, que pode contar a quem quiser o que se passou na sua sessão de psicoterapia.


9.Quanto tempo vou precisar de psicoterapia?

Existe uma diferença importante: quanto tempo você sente que precisará de psicoterapia ou quanto tempo você quer fazer psicoterapia. As pessoas podem procurar psicoterapia para resolver algum aspecto específico que está incomodando. E algumas vezes, mesmo quando o cliente já está lidando de forma satisfatória com esse aspecto, quer continuar a fazer psicoterapia. É importante lembrar que é o cliente que vai determinar esse tempo e não o psicoterapeuta.


10.Quanto tempo vou precisar de psicoterapia?

Existe uma diferença importante: quanto tempo você sente que precisará de psicoterapia ou quanto tempo você quer fazer psicoterapia. As pessoas podem procurar psicoterapia para resolver algum aspecto específico que está incomodando. E algumas vezes, mesmo quando o cliente já está lidando de forma satisfatória com esse aspecto, quer continuar a fazer psicoterapia. É importante lembrar que é o cliente que vai determinar esse tempo e não o psicoterapeuta.


11.E se eu não tiver nada para falar durante a sessão?

Muitas vezes as pessoas não conseguem expressar os seus sentimentos através das palavras. É claro que a fala é um meio eficiente de comunicação, mas não é o único. Numa sessão de psicoterapia se você não conseguir ou não quiser falar por algum motivo, você não será obrigado a isso! O psicoterapeuta esta lá para tentar entender os seus sentimentos, sejam eles quais forem e de qualquer forma que forem expressos. E lembre-se: muitas vezes dizemos coisas importantes sem pronunciar uma só palavra!

12.Como lidar com separação do casal perante as crianças?

A separação é uma escolha do casal e não da criança. É adequado que se explique para esta criança que os pais estão se separando, mas isso não quer dizer que estejam se separando dela. Embora a vida dessa criança se modifique a partir daí, é melhor ela ter a possibilidade de lidar com a separação com sinceridadedo do que permanecer numa dinâmica familiar onde ela vai aprendendo que estar junto com um parceiro é sinônimo somente de sofrimento e conflitos.
13.Como escolher um psicoterapeuta?

Não existe um critério objetivo para escolha do terapêuta. O primeiro passo é concordar com a forma de trabalho proposta pelo psicoterapeuta na entrevista inicial e, a partir daí, avaliar o quanto se sente à vontade, acolhido e satisfeito


14.Quanto custa uma consulta?

O preço da consulta varia para cada profissional. Mas é importante lembrar que não existe uma relação entre preço e qualidade do serviço


15.Como saber se preciso de um medicamento?

Somente um médico pode ajudar na avaliação da necessidade de um medicamento.

16.É bom fazer terapia mesmo quando está tudo aparentemente bem?

Você pode querer fazer terapia para se conhecer melhor, mesmo que não esteja sentindo qualquer desconforto.


17.Meu parceiro não quer ir fazer psicoterapia comigo, o que fazer?

Por sentir que é uma boa coisa para você, naturalmente acredita que para o seu companheiro também. Mas a escolha de fazer psicoterapia é pessoal

18.Quais indicações que eu devo levar meu filho a um psicoterapeuta?

O melhor termômetro é você. Quando sentir que seu filho não está feliz e que você não tem conseguido lidar de forma satisfatória com suas questões pode ser o momento de procurar uma ajuda.

19.O psicoterapeuta vai me dizer que é certo ou errado?

Ele pode te ajudar a questionar os seus valores e não dizer a você o que está certo ou errado. O ser humano é único e complexo e o que está certo para você pode não estar certo para outra pessoa. O psicoterapeuta está lá para compreender e não para julgar.


19.Posso confiar no terapeuta?

A confiança não é algo que já vem estabelecida na relação psicoterapêutica. Assim como em todas as outras relações, ela é construída gradualmente na medida em que este vínculo se torna mais forte

20.O que é Ludoterapia?

É a psicoterapia realizada através do lúdico, "do brincar" e tem como objetivo facilitar a expressão da criança. É através do brincar que a criança tem maior possibilidade de expressar seus sentimentos e conflitos e buscar melhores alternativas para lidar com seus conflitos.



21.Precisar de um psicólogo é sinal de fraqueza?
É preciso muita coragem para reconhecer que algo não está bem e lidar com o sofrimento. Nós nos tornamos mais fortalecidos quando aceitamos e lidamos com nossos aspectos frágeis. Então procurar ajuda não é sinal de fraqueza.


22.Psicólogo pode me indicar remédios?

Não. A faculdade de Psicologia não habilita o profissional para indicar medicamentos. Os medicamentos podem ser indicados por médicos

23.Não consigo decidir por uma profissão, o que fazer?

Você pode procurar um profissional que faça Orientação Vocacional. Ela não determina qual profissão você deve seguir mas pode facilitar a sua escolha.


24.Eu me apaixonei pelo meu terapeuta, o que fazer?

É natural ter sentimentos. Raiva, paixão, ternura, mágoa, etc, fazem parte do ser humano. Na relação com o psicoterapeuta também surgem diversos sentimentos. O mais indicado é que você converse com o psicoterapeuta sobre eles.

25.E se eu ficar dependente do meu terapeuta?

Dependência é uma fase do desenvolvimento humano. O bebê, por exemplo, depende de uma pessoa que cuide dele para sobreviver. E como a terapia é uma relação de cuidado isso também pode ocorrer. Mas é uma fase que tende a evoluir para o amadurecimento e independência.



26.Se eu fizer psicoterapia, posso ajudar as pessoas ao meu redor?

Psicoterapia é um processo de crescimento individual. Porém, quando uma pessoa se modifica, inevitavelmente suas relações também se modificam. Se você passa a se perceber de uma forma diferente, as pessoas ao seu redor também passam a lidar com você de forma diferente. Mas isso não garante que você poderá ajudar outras pessoas ou que elas se modificarão por sua causa

27.Meu terapeuta pode querer falar com alguém da minha família?

Pode sim. Algumas vezes uma conversa com os familiares pode ajudar o cliente. Portanto, o cliente precisa compreender e concordar se o terapeuta sentir necessidade de conversar com os familiares.
Mito: Apenas pessoas com problemas devem procurar um psicólogo.
Verdade: As pessoas também procuram psicólogos porque querem se conhecer melhor.

Mito: Apenas pessoas fracas procuram psicoterapia.
Verdade: Não existe pessoa fraca ou forte. Existem formas diferentes de lidar com as situações.

Mito: Tratamento psicológico é para ricos apenas.
Verdade: Geralmente as clínicas piscológicas ligadas à instituições de ensino de psicologia (seja graduação ou pós-graduação) oferecem atendimento a população por preço simbólico. Alguns postos de saúde também oferecem serviço de psicoterapia.

Mito: Um tratamento psicológico vai demorar anos para acabar.
Verdade: Você é quem decide quanto tempo vai fazer psicoterapia. Algumas pessoas fazem psicoterapia por muito tempo porque querem ou precisam assim como algumas pessoas fazem ginástica para a saúde do corpo.

Mito: Um tratamento psicológico vai demorar anos para acabar.
Verdade: Você é quem decide quanto tempo vai fazer psicoterapia. Algumas pessoas fazem psicoterapia por muito tempo porque querem ou precisam assim como algumas pessoas fazem ginástica para a saúde do corpo.

Mito: Crianças só podem ir ao psicólogo depois que já sabem ler e escrever.
Verdade: Não é porque uma criança não sabe ler e escrever que não tenha sentimentos. Portanto, crianças podem ir a um psicólogo mesmo que não saibam ainda ler e escrever.


Mito: Problemas psicológicos são hereditários.
Verdade: A hereditariedade pode influenciar em alguns problemas psicológicos. Mas não necessariamente é determinante.

Mito: Livros de auto-ajuda não servem para nada.
Verdade: Não existe um livro universal que ajude a todas as pessoas afinal somos diferentes um do outro. Isso não quer dizer que não possa refletir sobre sua vida quando lê um livro, um poema ou até mesmo ouve uma música.

Mito: Psicoterapia leva muito tempo.
Verdade: Você é quem determina o tempo que você quer fazer psicoterapia
O psicólogo age em diversas áreas e é importante entender primeiramente onde e como se forma o conhecimento da ciência "Psicologia": a área científica. O psicólogo, em sua graduação, aprende a pesquisar novos caminhos a partir de dados já existentes; forma opiniões convergentes ou divergentes, podendo ser na forma de crítica ou avanço em uma determinada pesquisa; monta estudos com bases em experimentos, observação, estudos de casos, análises neurológicas e farmacológicas, além de estudar em grupos multidisciplinares vários outros conteúdos (mostrados à seguir). As áreas mais conhecidas desta criação científica são, entre outras, a Psicologia Social, a Psicometria, a Psicologia Experimental (nisto englobando a linha comportamental), a Psicologia do Desenvolvimento, a Psicologia Metafísica, a Neuropsicologia, a Psicopatologia. Esses estudos criam teorias que são utilizadas na Psicologia Aplicada, que como o nome diz, é a aplicação dos constructos teóricos em áreas específicas.

A Psicologia Social estuda os movimentos sociais.

Esta Psicologia Aplicada está inserida nos mais diversos campos da sociedade, resolvendo problemas práticos, sendo a área clínica a mais famosa. É importante, também, saber que esta Psicologia Aplicada pode criar constructos científicos, que é o caso de Sigmund Freud, Carl R. Rogers, Carl Gustav Jung, na Psicologia Clínica, além de Kurt Lewin e J. L. Moreno, de outras áreas. Além da clínica, o psicólogo aplicado trabalha em escolas, empresas (treinamento, R.., grupos, terapia individual), nas terapias de grupos, na criminologia, nas academias de esportes, no clubes esportivos, nas propagandas (marketing, venda de produto, com o uso da gestalt), nos hospitais (em terapias breves, ou psicooncologia) e no tratamento de adicção (pela entrevista motivacional).
Essas duas áreas, a de produção científica e a Psicologia Aplicada, são práticas aceitas pelos Conselhos de Psicologia. Porém, o psicólogo não pode medicar fármacos para um cliente, nem quebrar o sigilo deste sem seu consentimento (há casos onde esta quebra de sigilo é possível, como no caso de alguém que pode por em risco a vida de outra pessoa, ou a sua própria). O terapeuta não pode utilizar métodos que não estejam em estudo científico, aprovado pelo Conselho, como utilizar Florais de Bach, regressão a vidas passadas, homeopatia, terapia bioenergética, entre outros. Ao usar estes métodos, o terapeuta é proibido de utilizar-se do título de psicólogo. A acupuntura e a hipnose são as únicas práticas complementares regulamentadas e aceitas pelo Conselho de Psicologia, mas a utilização dessas práticas devem atender a normas de conduta ética estipuladas pelo Conselho de Psicologia.
Necessidades da multidisciplinaridade
A Psicologia nasceu de estudos filosóficos e fisiológicos, portanto carrega traços destes dois tipos de conhecimento. Atualmente, ela incorporou outros conhecimentos ao seu próprio, trabalhando lado-a-lado com estes, é o caso da Psicologia Social, por exemplo, que trabalha com bases teóricas de sociólogos, antropólogos, teólogos e filósofos, tais como Auguste Comte, Michel Foucault, entre outros. O próprio Carl Gustav Jung trabalha com trabalhos antropológicos, podendo traçar as diferentes culturas com simbolos em comum.
A Psicologia Comunitária faz trabalho em campo, junto a assistentes sociais terapeutas ocupacionais. Os conhecimentos destas áreas se fundem.
A Psicologia Jurídica trabalha com funcionários do direito (advogados, juízes, desembargadores), assim como os Psicólogos Hospitalares trabalham com médicos, enfermeiros, enfim com outros agentes promotores de saúde. Há, também, a área da psicopedagogia, que trabalha com conteúdos da pedagogia no campo da aprendizagem.
Algumas áreas da Psicologia, como a Psicologia Transpessoal e ,em partes, a Psicologia Analítica, necessitam de estudos em física e metafísica para que possam se tornar conhecimentos amplos acerca do ser humano, seja em analogias, seja em estudos sobre eventos parapsicológicos, sendo que estes estudos são recentes e não se constituem plenamente como ciência psicológica.
Tanto as áres alheias da Psicologia citadas, quanto a própria Psicologia precisam trabalhar unidas, quando tratam de interesses em comum, os conhecimentos se cruzam, e aumentam, e é possível que existam diferentes pontos de vista em constante diálogo. Comitês de Bioética trazem esta multidisciplinaridade, agindo sobre problemas corriqueiros e controvérsos. Estes comitês são formados por muitas outras correntes do conhecimento, além do psicólogo. São médicos, enfermeiros, advogados, fisioterapeutas, físicos, teólogos, pedagogos, farmacêuticos, engenheiros, terapeutas ocupacionais e pessoas da comunidade onde o comitê está inserido. Eles decidem aspectos importantes sobre tratamento médico, psicológico, entre outros.
Nomes de relevância histórica na Psicologia
Abraham Maslow
Alfred Adler
Alfred Binet
B. F. Skinner
Carl Gustav Jung
Carl R. Rogers
David Wechsler
D. W. Winnicott
Erich Fromm
Franz Brentano
Fritz Perls
G. H. Mead
Georg Ivanovitch Gurdjieff
Ivan Petrovich Pavlov
J. L. Moreno
Jacques Lacan
Jean Piaget
John Broadus Watson
Leopold Szondi
Vigotski
Lewis Terman
Melanie Klein
P. D. Ouspensky
Pierre Janet
Sigmund Freud
Viktor E. Frankl
Wilhelm Reich
Wilhelm Wundt
William James
Também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia Complexa, é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia, iniciado por Carl Gustav Jung o qual se distingue da psicanálise iniciada por Freud, por uma noção mais alargada da libido e pela introdução do conceito de inconsciente coletivo.
Diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes incompreensões de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais de organização do psiquismo (comparáveis às condições a priori da experiência, de Kant).
A psicologia analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes.
Quando Jung conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte de suas idéias logo quis conhecê-lo. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud rapidamente recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de suas idéias. Devemos lembrar que Freud enfrentava grande resistência do mundo ciêntifico as suas ideias e, em contrapartida, Jung já tinha reconhecimento no mundo academico pelos seus estudos com associações de palavras que deram origem ao poligrafo e foram a base teorica experimental para a comprovação dos complexos. Freud, em sua obra atribui este termo a Jung. A parceria durou pouco, pois Jung mostrava-se insatisfeito com algumas das posições de Freud, especialmente a teoria da libido e sua relação com os traumas. Freud, por sua vez, não compartilhava do interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes válidas de estudo.
Pós-junguianos
A Psicologia Analítica conheceu, depois da estruturação por C.G.Jung, um grande desenvolvimento nos chamados pós-junguianos, os quais ampliaram a visão de Jung.
Merece destaque neste desenvolvimento a Escola Desenvolvimentista que estudou o desenvolvimento humano desde o nascimento até a fase adulta e que tem como fonte a Escola Junguiana de Londres e a pessoa de Michael Fordham com sua obra "A criança como indivíduo" e também a pessoa de Eric Neumann com a obra "A criança". Além desta, há também a Psicologia Arquetípica que é fruto do trabalho de James Hillman, o qual, explora e desenvolve ao máximo a importância dos arquétipos na vida das pessoas. Marie-Louise voz Franzfoi uma das mais importantes colaboradoras de Jung, e após sua morte desenvolveu um amplo trabalho abordando temas como a alquimia, a interpretação psicológica dos sonhos e dos contos de fada.


Áreas de atuação
As áreas de atuação da Psicologia são várias, sendo em muitas delas auxiliadas por outros campos do conhecimento humano, como a Sociologia, a Pedagogia, a Medicina, entre outros. As principais áreas são:
Neurociências
Psicologia Ambiental
Psicologia Aplicada
Psicologia Clínica
Psicologia Comparada
Psicologia Comunitária
Psicologia da Forma (Psicologia da Gestalt)
Psicologia da Saúde
Psicologia Diferencial
Psicologia do Desenvolvimento
Psicologia dos Grupos
Psicologia do Trabalho
Psicologia Econômica
Psicologia Educacional
Psicologia Esportiva
Psicologia Experimental
Psicologia Forense
Psicologia Hospitalar
Psicologia Industrial
Psicologia Integral
Psicologia Jurídica
Psicologia Metafísica
Psicologia Organizacional
Psicologia Social
Psicometria
Psicopatologia
Sexologia
TCC - Terapia Comportamental Cognitiva
Psicoterapia Corporal
O psicodrama psicanalítico nasceu na França em 1944. Hoje, há uma corrente na qual define que a cena dramática é reconhecida na função de concentrar o drama e permitir que apareçam novos significantes. Dizem que “...o Psicodrama não é a busca de um certo sentido nem tampouco de um significante fundamental. Por isso, deve-se evitar a interpretação que proporcione o sentido e a perda do sentido...” Conforme Anzieu "...o psicodrama analítico favorece a expressão dos conflitos por intermédio de imagens simbólicas..." caracteriza quatro aspectos importantes no Psicodrama: dramatização dos conflitos, comunicação simbólica, efeito catártico e natureza lúdica. Na América Latina, a Argentina é o país pioneiro em Psicodrama. Atualmente , Brasil, México e outros fizeram um importante desenvolvimento, sendo pertinente destacar o Psicodrama no Brasil que, inicialmente foi desenvolvido por docentes argentinos e, atualmente, por seus próprios docentes.
Para Osório, a teoria moreniana, que se torna pouco sólida, se a compararmos com a teoria psicanalítica, tem , entretanto, alguns aspectos que não são excludentes, mas que se complementam e, em alguns casos, são parcialidades de conceitos psicanalíticos não reconhecidos e rebatizados com outros nomes ou trabalhados sob outros ângulos, como acontece com os conceitos de regressão e fixação. A regressão em Psicodrama não se obtém através da transferência, mas através de cena dramática que torna presente o passado. Tele e transferência em Moreno são conceitos herdeiros do de transferência freudiano. Espontaneidade, essencialmente, está relacionada com o conceito de libido de Freud. Se nos fixamos na cena dramática, esta desde o ponto de vista moreniano fundamenta seu valor da seguinte maneira: a representação dramática é liberadora, é uma segunda vez, é a forma que adquirem o passado e o futuro, no presente. O encontro, o compartilhar, a criatividade e o ato espontâneo possibilitam novos papéis e resgatam energias perdidas. Isto levará a uma catartase de integração e a uma catarse do público. A cena é a representação do passado, um lugar simbólico onde se revela o imaginário através das cenas atuais ou manifestas, podendo explorar e elaborar situações conflitivas do mundo externo, encontrando sua conexão com o mundo interno dele ou dos indivíduos, em sucessivas ações dramáticas com cenas antigas e inconscientes. Sintetizando, a cena dramática é, basicamente, a presentificação e corporização que, através da representação, têm os vínculos intrapsíquicos em sua mútua e dinâmica reestruturação com os vínculos interpessoais.
Considerações finais
Moreno resgatou o valor das forças imantes ao grupo. Retomou o fato de que vivemos em grupo desde que nascemos e nossos problemas provêm desse mundo. Que todos ajudam em um grupo, mas por isso estão ausentes ás relações hostis. Afirmou que trabalhar em um grupo sem uma fundamentação socimétrica, antropológica e microssociológica, somente com a interpretação da análise individual, é impossível. Mostrando que a regra fundamental é a interação livre e espontânea, e o objetivo é favorecer a integração do indivíduo e do grupo. Considerou a transferência como expressão da dissociação e desequilíbrio do grupo. Este se deteve no papel de psicoterapeuta de grupo e psicodramaturgo, demonstrando uma série de normas éticas e científicos-técnicas. Deu conta, de regras e normas de grupos como sigilo, os honorários iguais, a seleção de pacientes a livre expressão, o cuidado do indivíduo e do grupo, a utilização de métodos cientificamente comprovados. Resgata assim, muito além da comunicação verbal, o contato corporal motor e tátil.
FEBRAP – Federação Brasileira de Psicodrama
A FEBRAP é uma instituição sem fins lucrativos, que surgiu com o objetivo de constituir e articular a rede de federadas de Psicodrama no território brasileiro. Criada em 1976 com a finalidade de organizar e estabelecer os princípios que regem a formação dos psicodramatistas, promove a divulgação do saber psicodramático brasileiro, estimula a integração dos profissionais através de suas entidades federadas e possibilita a comunicação nacional e internacional. Suas federadas, que estão em praticamente todo o território nacional, congregam psicodramatistas das mais diferentes áreas – médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, profissionais de RH, entre outros – e é a partir dessa diversidade que é possível a abrangência e versatilidade em sua atuação.
Moreno foi capaz de dar à improvisação dramática e retomou o conceito de catarse. Pois, ao ocorrer uma identificação do espectador com os atores, ocorre como poderíamos dizer uma catartase, e também, certa conscientização. Para que ocorra esta catartase, têm que existir uma espontaneidade e criatividade, pois do contrário, é uma mera repetição que não trará nada de novo nem aos protagonistas nem ao público. É na criação espontânea que se consegue o vínculo do homem com o mundo. O Psicodrama possui o conceito de espontaneidade-criatividade, a teoria dos papéis, a psicoterapia grupal como pontos básicos da sua teoria, além de outros como: Tele (capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas), Empatia (tendência para se sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas pela outra pessoa.), Co-inconsciente (vivências, sentimentos, desejos e até fantasias comuns a duas ou mais pessoas, e que se dão em "estado inconsciente".) e Matriz de Identidade (lugar do nascimento). a) A teoria da espontaneidade: está ligada dialeticamente à criatividade, compreende uma fenomenologia, uma metapsicologia, uma psicotécnica, uma psicopatologia e uma psicologia genética. As que possuem maiores riquezas são a Psicotécnica ou treinamento da espontaneidade que, ainda que pareça parado, procura resgatar o espontâneo perdido pelo homem ao logo da sua existência e a Psicologia Genética, que grossamente revisando: a criança, ao nascer, realiza seu primeiro ato criativo: é o primeiro ato de catarse de integração. Nasce com uma capacidade criadora própria do ser humano que irá completando com a maturidade e com a ajuda dos outros. O primeiro eu-auxiliar é a sua própria mãe. Ao longo de sua infância, à medida que vai vivendo os diversos papéis e em contato com os agentes sociais, desenvolve essa capacidade criadora e atrofia em maior ou menor medida, de acordo com o tipo de relações e na medida em que as "tradições culturais" lhe sejam impostas pelos mais velhos. Esses agentes da sociedade lhe submetem, durante o desenvolvimento, condutas estereotipadas, repetitivas, ritualistas, muitas delas para ela e para os demais vazias de significado, assim como também ajudam o desenvolvimento da espontaneidade. Depende de cada caso e do meio em que vive a criança em um determinado momento histórico-social. O ato do espontâneo está intimamente ligado ao instante, dali surge a noção do aqui e agora. A filosofia do momento opõe-se à duração, os benefícios do instante, do presente, em constante mudança. É lugar (lócus) onde se dá o crescimento. Segundo Moreno, esta experiência primitiva da identidade configura o destino da criança. Em toda essa primeira etapa, os papéis são psicossomáticos. A segunda etapa é a do reconhecimento do Eu. A criança observa o outro (mãe) como algo diferente dela. Integra as diferentes partes do seu corpo numa unidade e é a partir dali que se diferencia. É na segunda etapa que aparecem os papéis psicodramáticos. Moreno faz uma pormenorizada descrição da evolução da imagem do mundo da criança, distinguindo: 1) Matriz de identidade total: primeiro universo: tudo é um. As configurações estão configuradas pelos atos. 2) Matriz de identidade total diferenciada: segundo tempo do primeiro universo diferenciam-se as unidades, porém têm o mesmo grau de realidade, os indivíduos, os objetos imaginários e os reais. 3) Matriz da lacuna entre fantasia e realidade: começam a se organizar dois mundos, o da realidade e o da fantasia. Isto, na linguagem moreniana, marca o começo do segundo universo. O ideal é que o indivíduo possa dominar a situação e que não desenvolva um mundo real em detrimento da fantasia, nem vice-versa.
b) Teoria dos papéis: o termo "papel" é um conjunto das várias possibilidades indentificatórias do ser humano. Os papéis psicodramáticos expressariam, as distintas dimensões psicológicas do eu (self) e a versatilidade potencial de nossas representações mentais. Nesta teoria, toma se os papéis como núcleo do desenvolvimento egóico, e à medida que a criança cresce e se diferencia, vai podendo ampliar seu leque de papéis. Alguns papéis ficarão inibidos, necessitando, posteriormente, serem resgatados (função do Psicodrama).
c) A psicoterapia grupal: Moreno assim a define “a psicoterapia de grupo é um método para tratar, conscientemente, na fronteira de uma ciência empírica, as relações interpessoais e os problemas psíquicos dos indivíduos de um grupo...” na sua concepção, todos no grupo são agentes teraupêticos, e todo o grupo também o pode ser em relação a outro grupo. Este método aspira alcançar o melhor agrupamento de seus membros para os fins que persegue. Não trata somente dos indivíduos, mas de todo o grupo e dos indivíduos que estão em relação com ele. Em sua relação sociológica vê a sociedade humana total como o verdadeiro paciente. O conceito de encontro está no centro da psicoterapia de grupo, comunicação mútua que não se esgota no intelectual, mas que abrange a totalidade de seu ser. O encontro vive no "aqui e agora". Vai mais além da empatia e da transferência. Forma um "nós".
Moreno enumera os métodos a serem utilizados, entre os quais destacam-se: método de clube ou associação, de assessoramento, de conferência, de classes, psicanalítico, visuais, discussão livre, sociométricos, de histórias clínicas, da bibliografia, magnetofônico (sessões gravadas), da música e da dança, ocupacionais e laboratoriais e o que se destaca é o método psicodramático.
Método psicodramáticoO método do Psicodrama usa a representação dramática como um núcleo de abordagem e exploração do ser humano e seus vínculos. A ação, unida à palavra, brinda o mais completo desdobramento do conflito, do drama que ocupa o protagonista no espaço dramático. Na cena, o indivíduo pode representar seus conflitos passados e presentes, e também vomitar seus temores, expectativas, projetos e dúvidas sobre o futuro, explorando suas relações com o presente e o passado. Distinguem-se, no desenvolvimento da ação dramática, três momentos que possuem, cada um, uma importância singular. A primeira fase, chamada aquecimento, é onde se prepara o clima do grupo. Escolhem-se um tema e um protagonista e tenta-se penetrar no mesmo no maior nível de espontaneidade possível. O segundo momento ou fase é a representação propriamente dita, a cena dramática. Aqui ganham importância os eu-auxiliares, que serão os encarregados de encarnar os personagens para os quais o protagonista os escolheu: os personagens reais ou fantasiosos, aspectos do paciente, símbolos do seu mundo. O terceiro momento ou fase é o compartilhar, é onde o grupo participa terapeuticamente. Nesta etapa o grupo devolve, compartilha seus sentimentos e vivências, tudo o que lhes foi acontecendo durante a cena, as ressonâncias que ele produziu. As diversas técnicas dramáticas utilizadas durante a representação foram pensadas por Moreno em relação com sua teoria da evolução da criança. Cada uma delas cumpre uma função que corresponde a uma etapa do desenvolvimento psíquico. O diretor do Psicodrama instrumentará, em cada situação, aquelas que pareçam mais adequadas e correspondentes ao momento do drama, segundo o tipo de vinculação que nele se expressa. A primeira etapa de indiferenciação do Eu como o Tu corresponde á técnica do duplo. A segunda, do reconhecimento do Eu, a técnica do espelho. A terceira etapa do reconhecimento do eu, a técnica da inversão de papéis. Mediante a técnica do duplo, um eu-auxiliar desempenha o papel de protagonista. Verbal e gestualmente complementam aquilo que, a partir desse desempenho, entende e sente que o protagonista não pode expressar completamente por ser isto desconhecido ou oculto, por inibições. Coloca-se ao lado e idêntica postura ao protagonista, fazendo seus movimentos, funcionando como a mãe e a criança na primeira etapa. Na técnica do espelho, o protagonista sai do palco e é público da representação que um eu-auxiliar faz dele. Busca-se, com isso, que o paciente se reconheça em determinada representação, assim como na sua infância reconheceu sua imagem no espelho. O terapêutico desta técnica está em que se reconheçam como próprios os comportamentos e aspectos que lhe são desconhecidos e que importam para o esclarecimento do conflito. Utilizando a técnica da inversão de papéis, a mudança de papéis investiga na cena o sentir desses personagens do mundo do paciente. Esta é a técnica básica do Psicodrama. Existem outras técnicas dramáticas criadas por Moreno e posteriores a ele. Moreno, tomando do modelo teatral seus elementos, distinguem, para a cena psicodramática, cinco elementos ou instrumentos: a) Cenário: neste continente desdobra-se a produção e nele podem-se representar fatos simples da vida cotidiana, sonhos,delírios, alucinações. b) Protagonista: o protagonista pode ser um indivíduo, uma dupla ou um grupo. É quem, em Psicodrama, protagoniza seu próprio drama. Representa a si mesmo e seus personagens são parte dele. Palavra e ação se integram, ampliando as vias de abordagem. c) Diretor: o psicoterapeuta do grupo é também o diretor psicodramático. O diretor do psicodrama está atento a toda informação ou dado que o protagonista de, para incluí-la na cena, guia e ajuda a chegar à cena com espontaneidade. Uma vez começada a cena, o diretor se retira do espaço dramático e somente intervém se é necessário incluir alguma técnica, dando ordens ao protagonista ou ego-auxiliares. d) Público: é o grupo terapêutico Moreno distingue três procedimento segundo o objeto de estudo para se abordar quando se dramatize: Psicodrama, tratamento dos conflitos individuais. Sociodrama, onde o objeto de estudo são os grupos sociais. Role playing: quando o Psicodrama é utilizado para a formação e treinamento de papéis profissionais e técnicos.
"Um Encontro de dois: olhos nos olhos, face a face. E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus; E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus; Então ver-te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus." (J.L.Moreno)
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Jacob Levy Moreno
O médico romeno Jacobo Levy Moreno, foi o criador do Psicodrama e do Sociodrama, é um exemplo de criatividade e dedicação à investigação psicológica e social. Este nasceu na Romênia em 1892 e faleceu nos EUA em 1974. Foi um homem de ampla cultura e forte idéias religiosas e filosóficas, amante do teatro e incansável investigador do homem e seus vínculos, deixou-nos uma vasta obra escrita e um movimento psicodramático que abrange a América, Europa e Ásia. Em 1925, indo morar no EUA, desenvolveu e sistematizou suas descobertas: a socionomia. A socionomia se divide em sociometria, sociodinâmica e a sociatria. A socionomia ~´e o estudo do grupo e suas relações. A sociometria visa medir as relações entre os membros do grupo, evidenciando as preferências e evitações presentes nas relações grupais. Utiliza como método o teste sociométrico. A sociodinâmica se interessa pela dinâmica do grupo e utiliza como método o role-playing ou jogo de papéis. Já a sociatria busca tratar as relações grupais e utiliza três métodos: o sociodrama, a psicoterapia de grupo e o famoso Psicodrama. Com a leitura de suas obras, muitos autores declaram que o psicodrama possui um grande conteúdo emocional e uma audácia renovadora, pois surgiu como uma nova e dinâmica linha de investigação para o conhecimento e terapia dos conflitos psicológicos. Para o surgimento desta teoria, Moreno desafiou críticas, rompeu com o movimento médico da sua época, atacando os valores oficiais caducos, vazios e falsos, conseguindo desenvolver uma teoria baseada numa concepção do homem e da saúde que têm como núcleo a espontaneidade, o otimismo sobre o vital, o amor, a catarse e os papéis que o Eu do indivíduo vai formando. Esta busca pelo reencontro dos verdadeiros valores éticos, religiosos e culturais em uma forma dramática espontânea,(mais tarde, denominado como desenvolvimento do Axiodrama) foi o primeiro conteúdo do Psicodrama. O lugar do nascimento do psicodrama foi um teatro dramático de Viena. Moreno declarou que não possuía nenhuma equipe de atores, nem uma peça e que neste dia apresentou-se sozinho, sem nenhuma preparação, ante um público de mais de mil pessoas. Segundo ele no palco havia somente uma poltrona de espaldar alto, como o trono de um rei, no assento, uma coroa dourada. Surgiu com um intento de tratar e curar o público de uma enfermidade, uma síndrome cultural e patológica que os participantes compartilhavam no momento (Viena encontrava-se em pós-guerra, não havia governo... a Áustria estava inquieta em busca de uma nova alma). Mas psicodramaticamente, Moreno possuía um elenco e uma obra. Uma vez que o público era seu elenco, e a obra era retratada pela trama demonstrada pelos acontecimentos históricos, no qual cada um representava seu papel real. Cada representante de um papel foi então convidado para subir ao palco, e encenar o papel de um rei, sem preparação e diante de um público desprevenido, que funcionava como jurado. Mas neste primeiro momento nada se passou. Ninguém foi achado digno de ser rei e o mundo permaneceu sem líder. Apesar do aparente fracasso desta primeira representação, este foi o marco do nascimento de uma nova modalidade de expressão catártica que, instrumentada pelo exercício da espontaneidade e sustentada na teoria dos papéis, viria a se constituir o método psicodramático de abordagem dos conflitos interpessoais, cujo âmbito natural é o grupo. Surge então, a expressão “psicoterapia de grupo". O psicodrama desde seus primórdios estabeleceu um setting basicamente grupal, com a presença do terapeuta (diretor de cena), seus egos auxiliares e os paciente (tanto como protagonistas como público). Aliás, a expressão, "psicoterapia de grupo" foi pela primeira vez utilizada por Moreno.