Todos nós, de vez em quando, ruminamos um problema complexo para tentar resolvê-lo da melhor maneira possível. Mas a ruminação – definida em psicologia como um processo de discussão ou pensamento excessivo ou obsessivo sobre o mesmo problema – muitas vezes pode ser pouco proveitosa. Indivíduos depressivos, por exemplo, podem ter as chamadas ruminações incapacitantes que podem agravar seus problemas.

1043922 51054240 gerard79 300x225 Depressão: pesquisadores analisam padrões de pensamento em indivíduos depressivosPessoas com transtornos depressivos, aliás, ficam muito tempo pensando sobre o que causa a sua depressão. Esse processo pode ser tanto negativo – como focar nas preocupações – quanto positivo (tentando resolver os problemas).

Uma nova pesquisa, da Universidade de Stanford, nos EUA, e publicada no periódico Biological Psychiatry, tenta explicar como esses tipos de ruminações podem afetar o funcionamento do cérebro dos indivíduos depressivos.

De acordo com os pesquisadores, liderados por Paul Hamilton, duas redes neurais competem por esse processo de ruminação no cérebro. Uma delas é a rede de modo padrão (DMN, em inglês), responsável pelos pensamentos passivos e autorrelacionados (como quando pensamos sobre nós mesmos ou situações sem problemas ou objetivos). A outra é chamada de rede neural extrínseca (TPN), ou, ainda, um padrão de pensamento que emerge quando estamos tentando resolver problemas.

Cérebro em “modo de espera”

A partir de tecnologias que observavam o funcionamento cerebral, a equipe de Hamilton sugere que em paciente depressivos a ativação da DMN mais constantemente do que a TPN é sinônimo de processos negativos de pensamentos em pessoas depressivas.

Apesar de conclusões iniciais relativamente pequenas, o registro dessa diferenciação no padrão de pensamentos de pessoas com transtornos depressivos pode refletir em uma mudança nos métodos utilizados pelos psicólogos e outros profissionais de saúde mental para lidar com os pensamentos negativos desses indivíduos.

“Era de se esperar que ruminações pouco produtivas – que não trazem resultados – seriam associadas a processos neurais padrão, como se essas pessoas tivessem seu cérebro ligado no modo ‘em espera’, da mesma forma que acontece com pessoas que não estão focadas em algum objetivo”, diz John Krystal, revisor técnico do artigo. “Entender melhor esses processos de controle e de mudança nos padrões de pensamento pode levar a um melhor entendimento sobre a depressão e seus tratamentos”, finaliza.

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com informações da Biological Psychiatry

fonte :http://oqueeutenho.com.br/

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