O autoconhecimento é um dos principais benefícios da psicoterapia. Carl Gustav Jung, fundador da Psicologia Analítica, afirmou que “só aquilo que somos pode nos curar”. Não há bálsamo maior para qualquer dor que venha afligir a nossa alma do que o conhecimento de nossos próprios potenciais. E não há realização pessoal sem a superação de conflitos pessoais. A psicoterapia, ao promover o autoconhecimento estimula a busca por nossas próprias respostas, de modo que, segundo Jung, não ficamos reduzidos às respostas que o mundo nos der. Em outras palavras, na medida em que aprimoramos o nosso conhecimento acerca de nós mesmos, tornamo-nos efetivamente os autores de nossa própria história.

Marcel Proust escreveu em sua magnífica obra “Em busca do tempo perdido” que para se modificar algo na vida, não era necessário, absolutamente, mudar os fatos, bastava um novo olhar. Essa idéia ilustra bem um outro importante benefício da psicoterapia, a ampliação da consciência, ou seja, a capacidade de atribuir novos significados aos fenômenos da existência. Aprendemos ao longo do processo psicoterapêutico novas possibilidades de percebemos a nós mesmos, os outros e o mundo que nos cerca. Partimos da limitação para a realização.

A meta da psicoterapia é, pois, a realização. Ao contrário do que alguns ainda disseminam, psicoterapia não é para loucos, mas sim para poucos. Psicoterapia é para aqueles que tem coragem de vencer seus conflitos, humildade para reconhecer suas fragilidades e, sobretudo, para aqueles que acreditam que a vida é curta para ser pequena, e almejam a autêntica realização pessoal.

Psicóloga Thaís Rabanéa -SP

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